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novembro 10, 2011

Romantismo de Outrora!

Houve um tempo em que o amor, o respeito, a sinceridade, a poesia tinha um verdadeiro e valioso significado.
Esse tempo deve ter sido muito bom para muita gente, inclusive para nossos avós paternos que não estão mais aqui conosco.
Eles viveram esse áureo tempo de romantismo e esse lindo amor entre os dois ficou registrado através do tempo.
Nosso querido pai guardou com ele as cartas que seus pais trocaram no dia que a minha avó foi pedida em casamento.
É muito lindo!
Nossa mãe mandou emoldurar e pendurou na parede do corredor da casa dela.
Ficou muito original e é uma bela história eternizada.
Lógico que o tempo as desgastou um pouco, já estão amareladas, pois afinal são de 1921, mas ainda dá para ler perfeitamente.
Vejam que romântico e emocionante.
Ah! E reparem que ela não demorou nadinha para responder, isto é, a resposta chegou no mesmo dia.
As cartinhas foram escaneadas, mas ficam um pouco difícil de ler assim, então  transcrevemos abaixo o que está escrito.

Foto da carta emoldurada do nosso avô:




Tabapuan, 5 de Abril de 1921.

Prestimosa Srta. Pedrina.

O fim desta é dizer que lhe amo muito e que certamente a sua família já sabe disso, e eu, por minha vez, inspirado no amor que lhe voto, queria dar uma satisfação a sua família pedindo-lhe em casamento, mas primeiro preciso saber se a senhora pensa do mesmo modo e se queres me fazer feliz dando licença para que eu possa fazer tal pedido.
Aguardando ansiosamente a sua resolução da qual depende a minha futura felicidade, muito respeitosamente subscrevo-me,

Alberto Öberg.



A resposta da nossa avó:



Tabapuan, 5 de Abril de 1921.

Ilmo. Sr. Alberto.

Em resposta a sua cartinha só tenho a dizer que o meu affecto é igual ao vosso.
Sempre o estimei e dei prova disso, não me oponho as suas vontades, o que veio alegrar-me muitíssimo.
Como o Sr. escreveu minha família já o sabe, e creio que não hão de se oppor aos nossos desejos que nos há de tornar para sempre felizes.
Com consideração me assigno,

Pedrina Barros.


Vovó Pedrina

 
Amigos, essas cartinhas fazem parte da história da nossa família e ficamos muito felizes por compartilhar com vocês essas histórias de um passado não muito remoto, mas que não volta mais.
Nessas fotos que vocês estão vendo, registrando um pouquinho desses momentos, tem nosso pai José Augusto e nosso tio José Alberto ainda mocinhos.

Nosso pai na frente, vovô Alberto atrás e ao lado de nossa avó Pedrina, tio José Alberto.


Ana Maria, prima deles e da esquerda para a direita, tio José Alberto e nosso pai José Augusto Öberg.


Vovô Alberto e vovó Pedrina, sempre unidos.

 
Nossos avós viveram em Olímpia por muitos anos e lá passamos uma boa parte da infância quando estávamos de férias.
Quando íamos para lá nossa avó preparava muitas coisas gostosas, e não se apagam da memória os aromas que sentíamos na casa antiga, com quintal de terra e uma jabuticabeira e goiabeira enorme, onde brincávamos com os primos. Na parte da frente da casa tinha um jardim grande também, com calçada de paralelepípedo cheia de musgo, porque estava completamente sombreada.
Quanto nós brincamos ali! Quando sentimos o cheiro de musgo, nos transportamos para lá, bate uma saudade!
Que delícia esse tempo!


A fachada da casa em Olímpia-SP


 
Nosso avô tinha descendência alemã e sueca e vovó era de descendência portuguesa.
Ela fazia um pão que parecia um sonho, com o nome de funkuhr e as rosquinhas de nata então... Ela enchia uma lata enorme, e ficava muito brava porque comíamos quase na hora do almoço.
Nós brincávamos  no quintal e fazíamos uns bolinhos na terra, era muito bom.
Em Agosto era o Mês do folclore e assistíamos o desfile que passava em frente da casa. 
Nessa foto que conseguimos resgatar na internet tem eu Beatriz com meu irmão Alexandre, só que éramos bem pequenos e do nosso lado está meu tio José Alberto, já falecido.
Era muito engraçado porque as nossas irmãs Raquel e Heloisa tinham muito medo.


O ínicio do primeiro desfile realizado na Praça da Matriz
Tio José Alberto com Bia e Alexandre crianças.



foto da praça da matriz - Olímpia
(Mas essa época era ainda mais antiga, rssss...Nós não somos tão velhas assim!)

E jamais poderíamos esquecer de falar também da sorveteria Bambi. Vivíamos comprando os picolés, era tão barato. Vovô nos dava umas moedas e esse dinheiro rendia um montão de sorvetes.
E com o calor que fazia por lá, o mais gostoso era sair quando começava a chover, nossa avó ficava doida dizendo que ficaríamos doentes tomando chuva....rsrsrs....pergunta se alguém ligava.....rsrsrs
Tempos bons mesmo, deixou muita saudade.

Foto da Sorveteria atualmente- Ela ainda existe!


Assim vocês vão conhecendo um pouco de nós e de nossa família.
Beijos meus queridos e queridas amigas aqui do Blog.
Tenham um ótimo final de semana, e esperamos que um romance bem lindo como de nossos avós aconteça com vocês.