Oi gente, tudo bem?
Hoje a nossa postagem é para mostrar algumas imagens, que não representam a satisfação de ver de perto, mas que retratam um pouquinho das belezas da Campinas Decor 2012, uma mostra de Arquitetura, Decoração e Paisagismo que todo ano acontece aqui na cidade de Campinas - SP.
Este ano aconteceu numa Fazenda, num lindinho distrito vizinho à cidade, a 100 Km. de São Paulo capital.
Joaquim Egídio, que assim como a vizinha Sousas forma esse roteiro histórico a 20 km de Campinas, é resultado do comércio cafeeiro que, no século 19, crescia no interior paulista.
Construções do final deste século, estradas e pontes férreas, e fazendas dos senhores do café são alguns dos registros históricos do antigo ciclo cafeeiro local que fazem o visitante esquecer que se encontra próximo a um dos municípios mais populosos e ricos do Brasil. Um reduto de boêmios e gente que busca a tranquilidade de um povoado charmoso que ainda preserva seu casario histórico.
É um lugar lindinho gente!
A Mostra estava linda, e realmente a Fazenda Santa Margarida ficou maravilhosa.
Eu e a Raquel fomos visitar a Decor no dia 15 de junho, e ficamos encantadas com a beleza dos ambientes, e dos jardins que estavam deslumbrantes, principalmente à noite com a iluminação, estava demais de lindo!!!
Nós não tiramos fotos porque não era possível, mas pegamos algumas que já estavam aqui na internet, por isso não tem as fotos de todos os ambientes, o que é uma pena, gostaríamos mesmo que vocês vissem, estava tudo de arrasar!!!
Seguem primeiramente umas fotos de Joaquim Egydio e na sequência as fotos da Fazenda.
Vamos lá....
Famoso Bar do Marcelino, um lugar delicioso nos sábados à noite e tardes de domingo!!! Mas faz anos que não venho aqui |
Em Joaquim Egídio também temos um roteiro gastronômico incrível, na rua Heitor Penteado, via principal de paralelepípedos que concentra os bares locais mais famosos e segue pela área rural com seus restaurantes típicos de fazenda e culinária caprichada. Nos meses de inverno, o distrito abriga o Empório Gastronômico, um interessante roteiro que une observação de constelações e jantar em um dos restaurantes participantes.
Um charme, e uma delícia nesses dias de frio, além é claro, de puro romantismo!!
No entanto, a região vai bem além da imponência das fazendas e do agito dos bares descolados, e surpreende o visitante com um cenário verde de 222 km² declarado como Área de Proteção Ambiental.
Regulamentada em 2001, essa APA trouxe à região não apenas qualidade de vida e valorização imobiliária, mas também um público interessado na preservação do corpo e da natureza. As opções incluem trilhas, um circuito de ciclismo com 26 km de extensão e até um viveiro que produz 102 espécies nativas para restauração de áreas degradadas.
Gente, olha que fofa a jardineira que levava as pessoas de Campinas para Souzas, que é ao lado de Joaquim Egydio. Devia demorar um tempão no trajeto. Mas que tempos bons também!
Em meio à todas essas maravilhas, a Fazenda Santa Margarida, onde foi realizada a Mostra, está localizada na divisa com uma das propriedades que pertenceram a Joaquim Egydio, além de fazer divisa com outras fazendas, como a Santana da Lapa, que ainda está lá, e algumas que nem existem mais como a Fazenda da Contenda e a Fazenda Riqueza. Por isso, a origem da Fazenda Santa Margarida é cercada de probabilidades.
Um pouco da História da Fazenda....
As propriedades rurais, como a Fazenda Santa Margarida, foram fundamentais no desenvolvimento do distrito de Joaquim Egídio. No início, a área era tomada pelas sesmarias – terras concedidas pelo governo português para que se desenvolvessem a agricultura, a pecuária, o extrativismo e as lavouras de café e de cacau. Joaquim Egídio de Sousa Aranha foi proprietário de grandes sesmarias na região. Suas terras, assim como de outros proprietários rurais, foram desmembradas ao longo do tempo, ganhando outras divisas e até outros nomes.
A partir do começo do século passado, os dados passam a ter mais consistência, pois foi quando a família Milani passou a construir uma curiosa história de vida no terreno que abriga os dois casarões, numa área que, naquela época, ocupava aproximadamente 1,2 milhão de metros quadrados. Além dos dois casarões – sendo um para sede e outro para administração –, havia casas para colonos, ranchos, estábulos e barracões, e as culturas frutíferas já faziam parte do imóvel.
Dados da família apontam que Pedro Pereira Bueno era administrador do Estado e recebeu a fazenda como pagamento. Antes dele, diz-se que lá vivia um padre chamado Abel. Curiosamente, a histórica ponte que fica frente à propriedade e é tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc) chama-se Ponte do Padre Dom Abel e serviu de passagem para transporte – em lombo de boi e tropas a cavalo – de cana e café, antes mesmo que os ramais férreos chegassem.
Construída há muitos anos sobre o Rio Atibaia com a função de ligar o então povoado de Joaquim Egídio ao caminho para Jundiaí e o porto de Santos, a ponte foi originalmente executada em pedra e madeira. Pelo que se diz, Dom Abel era devoto de Santa Margarida, e pode ter sido ele que batizou a Fazenda. Até hoje a ponte é utilizada e é um dos acessos da rodovia D. Pedro à Fazenda Santa Margarida.
Assim que a propriedade passou a ser de Pedro Bueno, não tardou que ele vendesse uma parte ao amigo José Milani. De tão amigos, passaram a morar no mesmo terreno, cada um com uma casa. A fazenda foi produtora de café e também de frutas, comercializadas regionalmente. Criavam vacas leiteiras e forneciam laticínios. Foi também José Milani que fundou a companhia Gessy Lever.
Até uma pequena olaria mantinham na propriedade. E uma fonte de água mineral ainda brota, que é engarrafada e comercializada até hoje, a Viva Leve, cujo nome é uma homenagem a Lázara, filha de Pedro Bueno, que tinha o apelido de Viva. Os filhos de Pedro e José se casaram, tiveram filhos, que tiveram filhos e foram construindo a história da Fazenda. Os proprietários mais recentes de parte da fazenda são os descendentes dos primeiros Milani.
Essa sala de cinema......uauuuu.....estava demais, sentar nesse sofá bege foi um prazer imenso, e assistir um show ou um filme nessa tela......sem comentários. Aliás, o único comentário negativo dessa sala que eu e a Raquel fizemos, é que se o marido entrar nessa sala de manhã, ele não vai sair mais.......rsrsrsr
A Fazenda foi completamente repaginada para receber a Campinas Decor 2012 e este ano teve a maior área de exposição registrada desde sua primeira edição: 16,4 mil metros quadrados.
O investimento na preparação do evento, um dos mais importantes na área de arquitetura, decoração e paisagismo do Interior paulista, foi de R$ 8 milhões.
A natureza da propriedade centenária foi o ponto de partida para a ambientação dos espaços. Em boa parte dos 48 projetos apresentados, houve preocupação em integrá-los aos móveis e objetos. Os 82 profissionais responsáveis pela montagem dos ambientes tiveram à disposição amplos jardins, salões e dormitórios com pé direito duplo e diversas construções espalhadas no perímetro da fazenda.
A natureza foi um dos elementos que fizeram desta exposição uma das mais bonitas que já realizamos”, afirmou a empresária Stella Pastana Tozo, uma das organizadoras da mostra.
O mercado decoração de Região Metropolitana de Campinas (RMC) é influenciado pelas tendências apresentadas todos os anos no evento, segundo Stella. “Eu conheço muitos clientes que esperam pela Decor para definir o piso da sala, o estilo da reforma do quarto, os armários da cozinha. Muito do que está aqui hoje vai estar na casa do consumidores em pouco tempo”, disse a empresária.
Vitrine
A mostra se tornou, ao longo dos anos, uma grande vitrine não só para arquitetos, mas também para empresas do setor. De acordo com Stella, o movimento nas lojas que têm objetos em exposição no evento aumenta nas primeiras semanas do evento.
Sueli Cardoso, sócia de Stella, afirmou que o mercado campineiro atrai as empresas do ramo."Várias delas, especializadas em decoração, já se instalaram na cidade. Hoje, não é preciso ir à Capital para encontrar um móvel bonito ou escolher um bom arquiteto."
Um dos objetivos da Campinas Decor, segundo a organizadora, é mostrar que arquitetura e decoração são acessíveis a todos, e que boas ideias podem fazer maravilhas em uma casa, mesmo sem um grande orçamento disponível.
"Não é uma peça cara de design sofisticado que faz um ambiente mais bonito, é saber harmonizar os elementos com personalidade, mesmo que o mobiliário seja simples."
Estrutura
Para suportar a movimentação dos visitantes, boa parte da estrutura da Fazenda Margarida precisou ser refeita em tempo recorde: em 60 dias, organização e expositores cuidaram das instalações elétricas e hidráulicas da construção, recuperaram pisos e paredes e renovaram revestimentos de 2,6 mil metros quadrados de área construída. Os 13,8 mil metros quadrados de espaço externo também foram cuidados por jardineiros e paisagistas.
Como sempre, parabéns aos organizadores e a todos os profissionais envolvidos nesse projeto, que todos os anos é simplesmente maravilhoso.
Dá para ficar maravilhada mesmo, porque em tão pouco tempo de construção, podemos ver resultados magníficos.
Um show!
fotos via: UOL - http://www.campinasdecor.com.br/2012/ - http://viagem.uol.com.br; http://viagem.uol.com.br/album/joaquimegidio_album.jhtm#fotoNav=2